Por que ainda não fizemos contato extraterrestre?
O planeta Terra é apenas uma pérola azul orbitando uma estrela em meio a uma galáxia com 200 a 400 bilhões de estrelas, cada uma possuindo centenas de milhões de mundos, em um universo que contém 2 trilhões de galáxias. Este é possivelmente apenas um entre infinitos universos que compõem o infinito.
Diante dessa vastidão cósmica, o ser humano na Terra sempre se questionou se estamos sozinhos diante da vastidão do infinito.
Mas se considerarmos a vida como um todo, certamente não estamos sozinhos. No entanto, quando essa pergunta é feita, o que se busca descobrir é se existe alguma forma de vida no Universo capaz de se tornar a espécie dominante em seu planeta, constituindo uma civilização avançada capaz de viajar entre as estrelas e, eventualmente, comunicar-se com a humanidade na Terra.
Por décadas, a humanidade tem direcionado seus telescópios e enviado sondas espaciais na tentativa de encontrar vida no desconhecido lá fora. No entanto, até hoje, nada foi encontrado, embora, dadas as dimensões espaciais do cosmos, seja possível que existam civilizações espalhadas pelas estrelas.
A ufologia, que estuda fenômenos aéreos de origem desconhecida, desde o século passado registrou casos nos quais estranhos fenômenos aéreos coincidiam com seres desconhecidos que afirmavam vir de outros mundos. Exemplos incluem o Caso Betty e Barney Hill, onde os seres alegavam ser de um sistema solar chamado Zeta Reticuli, o Caso Embornal, com a testemunha afirmando que os seres atuavam na Terra há milênios, e o caso de Clélia T.R, uma moradora de Niterói-RJ, Brasil, em 1956, que contatou seres parecidos com os humanos que afirmavam virem de fora da Terra. Embora esses casos sejam extraordinários e ricos em informações, não constituem uma prova concreta para a ciência de que civilizações interestelares nos visitam, porém, alguns casos deixam marcas físicas no solo e afetam fisicamente as testemunhas aumentando as chances de existirem civilizações espalhadas pelo cosmos que além de existirem, nos visitam.
Físicos notáveis, como Michio Kaku, afirmam que existem várias civilizações cósmicas espalhadas pelo Universo e prevê um contato ainda neste século. Por outro lado, o falecido físico britânico Stephen Hawking alertava para os perigos desse contato, comparando-o à colonização europeia nas Américas, onde a Terra seria os povos indígenas e os extraterrestres, os colonos europeus.
A questão que persiste é por que essas civilizações não responderam ao chamado enviado pela Terra, como as sondas Voyager, e por que os telescópios do SETI, por exemplo, ainda não detectaram sinais de sua existência. Diversas teorias tentam explicar esse silêncio cósmico.
Os céticos em relação ao contato extraterrestre tentam explicar a ausência de um contato oficial em larga escala através do que chamam de “Grande Filtro”. Existem duas versões dessa hipótese: a primeira sugere que fomos a primeira civilização a surgir e passar pelo Grande Filtro, explicando a falta de contato devido à ausência de outras civilizações que não nasceram ou não sobreviveram ao Grande Filtro e a segunda sugere que ainda vamos passar pelo Grande Filtro, enquanto outras civilizações já o atravessaram antes de nós e desapareceram.
Outra hipótese, apoiada por pesquisadores do METI (Mensagens a Extraterrestres Inteligentes), sugere o conceito do “zoológico galáctico”. Douglas Vakoch, presidente da organização, afirma que existem civilizações cósmicas que preferem não nos contatar, optando por serem observadores cósmicos, assim como observamos a vida nos zoológicos e reservas naturais da Terra. Uma variante dessa hipótese, defendida pela astrofísica Danielle Briot do Observatório de Paris, sugere que eles evitam contato por considerarem-nos demasiado primitivos, e um contato atual poderia ser catastrófico para ambas as partes.
Outra hipótese é a da “floresta negra”. Nessa hipótese, o universo estaria repleto de civilizações tecnológica e intelectualmente avançadas, porém, por medo de serem descobertas e aniquiladas, permaneceriam isoladas, transformando o cosmos em uma imensa “floresta negra” aparentemente vazia e silenciosa. Os defensores dessa teoria citam o famoso e misterioso “sinal Wow” como possível confirmação, argumentando que a civilização que emitiu o sinal percebeu que detectamos o sinal dela e desde então permaneceu oculta para jamais ser encontrada.
Outra hipótese considera a possibilidade de que eles ainda não nos encontraram ou estão a caminho. Essa hipótese é sustentada pela teoria da relatividade geral de Albert Einstein, que indica que o tempo varia com a distância e velocidade da luz no universo. Assim, civilizações localizadas a milhões de anos-luz da Terra podem estar observando a formação do nosso sistema solar, uma época sem planetas consolidados ou vida na Terra, tornando sua visita desinteressante, já que pela distância que eles estão, não há nada interessante na Terra já que estão vendo o passado do nosso mundo e sistema solar. E mesmo que estejam a caminho, a distância e a velocidade da luz implicam uma chegada após centenas de anos, mesmo que para eles o tempo passe mais lentamente devido à velocidade da luz.
Outra hipótese é a proposta por Enrico Fermi, físico italiano, que destaca que muitas civilizações podem ainda não ser comunicantes, estando no mesmo estágio evolutivo ou até em estágios mais primitivos do que a humanidade.
A última hipótese, apoiada por pesquisadores da ufologia espiritual, como o autor e ufólogo Antônio Tasca, sugere que o contato oficial ocorrerá quando a humanidade estiver mais madura e expandir sua consciência para além dos limites da mente humana. Esse contato garantiria que a Terra ingresse, em um futuro distante, na comunidade cósmica. Segundo essa teoria, preparativos têm sido feitos ao longo de décadas, envolvendo alguns contatados até que a longo prazo todos estejam prontos para um contato oficial em larga escala. Essa hipótese visa explicar relatos de avistamentos de OVNIs, agroglifos, contatos de 3° grau e abduções com o propósito de colher materiais biológicos, realizar atos sexuais, usar humanos como incubadoras por carregar híbridos no ventre e enviar mensagens de alerta sobre o futuro da Terra, com grande valor espiritual e consciencional.
Explorar o desconhecido nos faz questionar não apenas a existência de vida extraterrestre, mas, também, as razões por trás do aparente silêncio cósmico. Enquanto cientistas e pensadores oferecem teorias fascinantes, desde o Grande Filtro até a hipótese do “zoológico galáctico” e da hipótese espiritual, permanece uma incerteza existencial profunda. À medida que olhamos para o céu em busca de respostas, talvez a verdade sobre a vida além da Terra seja tão vasta e complexa quanto o próprio universo, aguardando ser revelada em futuras explorações cósmicas pois como diz Carl Sagan, em meio à vastidão do infinito cósmico, alguma coisa extraordinária está esperando para ser descoberta.
Fontes:
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-ainda-nao-fizemos-contato-com-aliens/mobile
https://www.google.com/amp/s/www.bbc.com/portuguese/geral-47771554.amp
https://www.google.com/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/fisica/teoria-relatividade-geral.htm
https://www.google.com/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/fisica/dilatacao-tempo.htm
Livro O Paradigma Alien de Flori Tasca