A criança e as luzes dançantes no céu
Desde sempre amei olhar as estrelas, até hoje é meu passatempo preferido. Quando criança, morava em um sítio situado no Oeste do Paraná, divisa com o Paraguai, em um vilarejo chamado Pato Bragado que, na época, deveria de ter uns 4 mil habitantes, se tanto.
Era ano de 1984, eu tinha uns 9 anos; aos sábados, meus pais costumavam ir comer pizza em uma cidade vizinha, que ficava a uns 38 quilômetros mas, naquele sábado, meu pai resolveu encomendar uma pizza de uma padaria do vilarejo, que ficava a um quilômetro e meio do sítio. Acompanhei meu pai até a garagem, que ficava ao lado do deck da piscina. Chegando lá, meu pai me convidou para ir junto com ele, mas eu resolvi ficar ali contemplando as estrelas, como de costume. Fiquei olhando-o saindo e passando entre os dois açudes que existitam no caminho, até chegar na estrada que levava ao vilarejo.
Quando olhei para cima estava nublado mas, imediatamente, surgiram entre as nuvens umas luzinhas que se entrelaçavam, como se estivessem enclausuradas dentro de um círculo e pensei: “Que legal isso!! Tomara que fiquem aí até meu pai voltar“.
No momento que terminei de pensar isso, olhei para baixo e meu pai estava de volta; contei para ele e olhamos para cima, mas não havia mais nada; contei para minha mãe, que também não acreditou, e ainda me xingou falando que eu tinha ido com meu pai e não a havia avisado. Falei que estava no deck olhando as estrelas, ela falou que foi olhar mas não me viu lá.
Resumindo, ninguém acreditou e fiquei com esta lembrança até três anos atrás, quando contei o ocorrido à Carmen Viana, que me esclareceu. Ela falou que se tratava de uma abdução e sofri um lapso de tempo, pois como em 5 segundos meu pai tinha percorrido um caminho de quase 2 quilômetros até a cidade e voltado tão depressa?!?
Imagem (capa) : The Gracefield Incident (Filme, 2017)
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Equipe UIB