50 anos do filme “2001: Uma Odisséia no Espaço”
Em 29/04/2018 o lançamento do filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”, no Brasil, completa 50 anos. Nos EUA foi lançado em 03/04/1968.
Apesar das inúmeras críticas negativas da época, é considerado atualmente como um dos mais importantes filmes de ficção científica da história do cinema. Mas porque ele é tão importante?
Encontram-se na Internet inúmeras análises deste filme. São mencionados os efeitos especiais, o alto nível de acerto nas previsões tecnológicas, questões místicas, sua forte influência nos filmes que se seguiram e diversos outros aspectos que o caracterizam como sendo um filme ainda muito atual.
O que mais me chama a atenção, porém, é a forma como foi tratada a questão da presença alienígena aqui no nosso planeta. Na época – décadas de 1950 e 60 – os alienígenas eram tratados de forma caricata pelo cinema, com aparências estranhas, às vezes agressivos e em conflitos com o ser humano. Mesmo a série “Star Trek (Jornada nas Estrelas)” de 1966-1968 adotou alguns destes estereótipos. Já em “2001”, a questão alienígena é tratada de forma muito diferente.
Sem perigo de spoiler… Os alienígenas em “2001” aparecem de forma indireta através de um monolito negro. Cada vez que ele aparece, a humanidade inicia uma nova era. É como se os alienígenas fossem uma espécie de interventores na história humana. Na primeira vez que surge, ainda não há consciência de que se trata de um objeto extraterrestre. Mas nas vezes seguintes, cientistas envolvidos já sabem que se trata de um artefato extraterrestre e tratam o assunto de forma secreta, escondendo o fato do grande público. Nada tão atual!
Não é um filme de ação. É para ser visto como uma obra de arte. Stanley Kubrick (diretor e roteiro) e Arthur C. Clarke (livro e roteiro), simplesmente apresentam sua obra e não explicam porque ela é assim. São cenas longas e poucos diálogos, por isto só assista quando estiver bem disposto, caso contrário, vai cochilar! Um bom momento é em um feriado, após aquele bom sono da tarde e aí sim, deixe-se levar pela beleza do filme. Procure apenas senti-lo e depois ver o que fica.
VFO – 25/04/2018
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Equipe UIB