Quem foi o General Uchôa?

Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa, o “General das Estrelas”, nasceu em 21/4/1906, no município de Murici – AL, e faleceu em 5/3/1966 em Brasília – DF. Autor de livros sobre parapsicologia, ufologia, curas transcendentais, além de poesias e de sua autobiografia, desde cedo apresentou faculdades paranormais e presenciou fenômenos metafísicos, levando-o a estudar e pesquisar sobre o tema, constantemente norteado pelo seu espírito científico e crítico.

A facilidade com a lógica e os números o levou naturalmente para a matemática e afins, tornando-se Engenheiro Civil militar e professor de exatas. Porém, sua sólida formação científica nunca o impediu de considerar a existência de outros planos dimensionais e extrafísicos, possivelmente em consequência de suas inúmeras observações e experiências pessoais, por décadas.

Por outro lado, sua metodologia de análise criteriosa dos fenômenos metapsíquicos o levou a questionar, por muito tempo, as mensagens telepáticas que recebia, alegando a possibilidade de serem “coisas de sua cabeça”.

Finalmente, após inúmeras provas irrefutáveis da veracidade dos acontecimentos, capitulou e passou a aceitar essa forma de comunicação que, segundo ele, estaria destinada à humanidade do futuro. A partir do momento em que aceitou sua faculdade, inesperadamente “desbloqueou” seus canais receptivos, recebendo valiosíssimas informações, que passaram a fluir com facilidade, ao mesmo tempo complementadas por um tipo de visão hiperespacial e que o permitiu escrever o livro “Mergulho no Hiperespaço”, publicado em 1981.

Sua vida foi muito intensa e produtiva, sempre “com os pés no chão e os olhos nas estrelas”, imprescindíveis ao avanço da ciência, conforme alegava.

A Ufologia, para o General Uchôa, nunca deveria ser um fim em si mesma, mas um “instrumento valioso que contribui para a abertura dos horizontes da humanidade, permitindo-lhe seguir seu glorioso destino em direção aos universos, revelados ou não, em harmonia com seus irmãos da galáxia e extragalácticos.”

Incessante pesquisador em diversas áreas da Parapsicologia, Metapsíquica e Ufologia no Brasil e no mundo, sua obra transcende as fronteiras e os limites da ciência convencional, mantendo o seu caráter pioneiro, e muito além do seu tempo, permanecendo atual até os dias de hoje.

Como o General Uchôa acabou se interessando pela Ufologia?

Durante toda sua vida, o “supranormal”, nas palavras do próprio General Uchôa, esteve sempre presente. Entretanto, foi somente em 1960 quando, já com 54 anos, que travou contato com o tema que mudaria sua vida para sempre:

“(…) devo dizer que esta década de 60-70 foi para mim extraordinariamente rica de experiências, no sentido da “Busca da Verdade”, que venho referindo ao longo desta autobiografia. (…) nos anos subsequentes, minha vida evoluiu em tônica transcendental indiscutível, um tanto diferente da dos anos 40-60, envolvendo a pesquisa sobre os chamados Discos Voadores, visando a objetivos de contatos (…)” (Uma busca da verdade)

Em 1960, Uchôa foi admitido como estagiário da Escola Superior de Guerra (nota da autora: o mesmo que aluno), quando assistiu a um filme oficial da Força Aérea dos EUA, liberado pelo governo, sobre o avistamento de 14 objetos voadores nos céus de Washington DC:

Eis-me então, em princípio de 1960, matriculado na Escola Superior de Guerra! Éramos uma turma de 93 estagiários (estagiário chamava-se ou chama-se até hoje, não aluno), sendo 58 civis e apenas 35 militares. (…)” (Uma busca da verdade)

Uchôa continua:

O ano de 1960 reservou-me um acontecimento que, certamente, valeu pouco para os estagiários da Escola Superior de Guerra o qual foi, porém, de suma importância para mim, no sentido de estudo e pesquisas posteriores, que me vieram revolucionar a vista do próprio mundo da ciência, da filosofia e da espiritualidade. (…) Trata-se do problema dos DVs, isto é, dos Discos Voadores. É que fomos convidados (…) para assistir, na ABI, a um documentário filmado, sobre os DVs, preparado e liberado para a divulgação reservada pela Força Aérea Americana. Cada estagiário poderia levar sua esposa. Assim o fiz. Filme muito bem feito, bastante objetivo, calcado certamente em dados decorrentes de elementos colhidos nas atividades implicadas no projeto “Blue Book” que, posteriormente, viria eu a conhecer.

O filme, como disse, sem fantasias, mas com algum “suspense”, termina, afinal, com algo realmente extraordinário e tecnicamente muito bem controlado pelo sistema de gravação e “radar” do aeroporto de Washington: a visita de 14 objetos voadores às alturas de Washington. Tudo registrado, oficialmente, em filme e em áudio. Assistimos o que se teria passado na Torre de Controle: a emoção dos observadores, técnicos que acompanharam o andamento (…). Aparecerem alguns pontos indicativos, nitidamente, de objetos no radar e, logo depois, ali são vistos mais quatro pontos, deslocando-se na mesma direção. Eram, esses últimos pontos, os quatro jatos da Força Aérea Americana, que haviam decolado com a missão de pesquisa e identificação dos pontos conhecidos. Súbito, desaparecem os tais pontos indicativos dos objetos e sobrevém o comentário do técnico observador naturalmente admirado:

– É como se desaparecessem os objetos com velocidade infinita!

Hoje, sei bem que haviam, apenas, se invisibilizado!

Logo a seguir, aparecem novamente, na tela do radar, objetos análogos. Surgem, dessa vez, apenas dois jatos americanos, mantendo contato com a Torre de Controle. Aí, dá-se o oposto: os objetos se aproximam dos dois jatos e formam um anel, envolvendo-os e dispondo-se cada vez mais perto. Isso promove, naturalmente, tensão crescente nos comandos americanos, denunciada na gravação feita! Fecha-se o anel mais e mais e, de repente, tudo se desfaz, e, novamente, os objetos desaparecem instantaneamente. Os depoimentos gravados, no filme e em áudio, dos pilotos dos quatro jatos, não deixam dúvidas sobre do que se tratava.

Daí em diante, comecei a interessar-me pelos DVs, mas na contingência da época, não os pude estudar com seriedade e investigá-los pela própria natureza do fenômeno. Aparições sempre inesperadas e fugidias, avistamentos muito sujeitos a descrições fantasiosas, enganos e até mistificações conscientes ou inconscientes.” (Uma busca da verdade)

Alexânia – o início

Em 1967, fenômenos luminosos sensacionais estavam ocorrendo na Fazenda Vale do Rio d’Ouro, conhecida por “Chapadinha“, no município de Alexânia – GO, distante de Brasília cerca de 120 km. General Uchôa como foi sua a primeira experiência de Wilson Gusmão, o proprietário, também sensitivo.  Naquele momento, Wilson e Uchôa ainda não tinham se conhecido:

Achava-se ele (Wilson) praticamente só, quando viu uma luz muito brilhante, um tanto acima, na encosta da elevação à frente de sua casa. Saiu ao pátio em frente e pensou: ‘não tenho medo, aproxime-se, aproxime-se!’.

Falava como se ali estivesse uma inteligência consciente e responsável, podendo decidir. Deu-se, então, algo que dizia não saber explicar. Súbito, viu-se prostrado sobre um dos joelhos e a intensa luz bem próxima!

Desapareceu, em instantes, e ele entrou em casa um tanto sonâmbulo. Quando plenamente consciente do que se passara, em plena normalidade, assim conta ele, tinha nas mãos um escrito em caracteres estranhos que, alguns dias depois, descoberta a chave de interpretação, assim dizia:

– Paz a todo Universo! As experiências nucleares humanas estão abalando o nosso sistema!

Daí em diante, dizia o Wilson, uma frequência impressionante de objetos ou densas formações luminosas a pouca altura, no ambiente da fazenda.” (Uma busca da Verdade)

Em 1967, Antônio Praxedes, chefe da sucursal do jornal “O Globo”, antigo aluno de Paulo Uchôa (filho do General Uchôa) do NPOR de Niterói, estava planejando realizar uma reportagem sobre os estranhos fenômenos que estavam sendo relatados no local, ditos ufológicos.

Após muito insistir com o proprietário da Fazenda Vale do Rio d’ Ouro (Chapadinha), Wilson Gusmão, conseguiu autorização para fazer a reportagem e estava montando a equipe, com especialistas em videotape noturno, medição de campo eletromagnético, etc, quando algo estranho aconteceu com ele:

Praxedes estava fazendo a barba, pensando no que havia escutado dos funcionários da fazenda, sobre objetos luminosos que se movimentavam lentamente, e se imaginou visualizando aqueles objetos e os alvejando, com sua arma. De repente, se sentiu estranho, suas mãos caíram sobre a pia, deixou cair o aparelho de barbear, começou a suar frio e, imediatamente, se lembrou do caso das máscaras de chumbo em Niterói, em 1966, quando dois radiotécnicos foram encontrados mortos, cada um com uma máscara de chumbo – um caso sem solução até hoje – e, imediatamente, pensou que ele e sua equipe poderiam vir a correr perigo. E se desce um objeto? Os homens atirarão?

Então, o executivo da Globo se deu conta de que precisava de alguém para orientá-lo e procurou Paulo Uchôa para auxiliá-lo. Com muito custo, Paulo Uchôa, na época Capitão, foi liberado, juntamente com um colega, pelo seu Comandante da Polícia do Exército, para para orientar a equipe. Ambos se deslocaram e permaneceram no local fardados, a serviço do próprio Exército. Foram duas noites vigília, em que nada aconteceu. Porém, Paulo Uchôa ficou interessadíssimo pelos fenômenos e, semanas depois, retornou ao local, com membros do Instituto de Parapsicologia de Brasília, do qual era sócio fundador, para pesquisarem as ocorrências, ficando impressionadíssimos com os fenômenos luminosos inexplicáveis que tiveram a oportunidade de presenciar.

Algum tempo depois, comenta com seu pai, o General Uchôa, sobre os fenômenos que estavam acontecendo em Alexânia e o convida para as vigílias.

Já na primeira vigília, em 13/3/1968, o general, então com 62 anos, passa por um acontecimento que mudou sua vida para sempre:

Começa naquele instante, solenemente declaro, uma nova fase da minha vida, em termos de pesquisa e de acontecimentos, ou melhor, provas espirituais inesperadas, extraordinárias, que acabaram mudando o meu caminho! Intensificou-se e afirmou-se verdadeiramente a “BUSCA DA VERDADE”, que já tanto tenho mencionado. (…) Tal busca veio se afirmando, naturalmente, ao longo da minha vida, através de fenômenos extraordinários (…), (que me) conscientizaram de sua indiscutível valia e significado espiritual (…). Agora, em idade avançada, a reconheço como um processo que vem desde os meus 17 anos, de maneira inflexível e feliz! Em linguagem esotérica, diria eu: um Karma positivo, sempre e sempre implicando em perspectivas avançadas conducentes à Espiritualidade, nas auras puras da Mensagem Teosófica da Grande Fraternidade Branca, dos Excelsos Mestres de Shambala, lá nos longínquos Himalaias.

Na verdade, é chegado o momento de dizer do meu incrível e maravilhoso encontro com um desses Excelsos Mestres, exatamente na primeira noite de ida à Fazenda Rio do Ouro. (…) Lá, vivi magníficas observações e experiências sobre os Discos Voadorese, em alguns momentos, contato com a manifesta paranormalidade de muitos fenômenos ali presenciados, não só por mim, mas por tantos outros que também os buscaram! Estávamos sempre em grupo, os fenômenos sobejamente testemunhados, analisados, controlados.” (Uma Busca da Verdade)

Chegaram na sede da fazenda em Alexânia e estavam em cerca de 12 pessoas na sala, algumas armadas, quado o general sentiu uma vontade irresistível de sair para “sentir a vibração das cercanias”:

“Cheguei a pensar na ‘loucura’ daquela atitude, mas decidi que não iria apreciar ‘vibração’ alguma, caso fosse acompanhado por alguém e portando uma arma.” (Uma Busca da Verdade)

Assim, sozinho, no escuro, sem um fósforo sequer, para afastar algum tipo de animal, foi andando por um tipo de trilha e chegou numa clareira:

“Quando iniciei a subida pela tal vereda estreita, sensitivo que sempre fui, comecei a sentir como se estivesse sendo acompanhado” (…). Ora, dada a minha experiência pretérita com o paranormal, inclusive materializações de seres de fora do espaço-tempo, (…) continuei tranquilo, (…) sentindo-me muito bem, como se o suposto acompanhamento fosse positivo, seguro. Logo depois, isso ficou provado…” (Uma Busca da Verdade)

Sozinho, naquele mato, noite escura, já bem longe da casa residencial, sem qualquer arma, nem mesmo um fósforo para que pudesse espantar uma onça!… quando me viro para a direita, o meu espanto, a incrível surpresa, o imenso susto:

Bem perto de mim, pouco mais de um metro, túnica clara e cobertura um tanto luminosa, barbas pretas e fartas, olhar claro e brilhante, estava ali um homem bem mais alto do que eu. Ainda sob o impacto de tal surpresa, do grande susto, ouço falar-me, clara e pausadamente:

– Sou Yogarim. Você tem aqui uma missão: observar, pesquisar, escrever livros e divulgar! E nunca se esqueça de que, d’ora em diante, será sempre protegido por mim”

Ao pronunciar as últimas palavras, começa a rarefazer-se, ao mesmo tempo em que se inclinava como a despedir-se… e desapareceu…” (Uma Busca da Verdade)

“Nesse instante, super emocionado – e me sentindo muito feliz – faço uma reverência como a homenagear um ser realmente superior. Voltando ao estado normal, isolado como estava, sinto envolver-me uma onda de felicidade, de uma estranha alegria interna, que ainda hoje relembro com viva emoção. Imediatamente, lembrei-me da fotografia do Mestre Morya e pensei: não há dúvida, vi e ouvi o Mestre Morya e expliquei para mim mesmo não me haver ele declarado a sua verdadeira identidade, velando-a com o nome de Yogarim, naturalmente para evitar emoção maior de minha parte, pois desde muito, sabia do altíssimo status espiritual desse Mestre de grande relevo na Hierarquia da Fraternidade Branca!” (Uma Busca da Verdade)

Retornando à casa da fazenda, onde seus colegas estavam preocupados, Uchôa nada comenta com eles, somente revelando o fato à sua esposa, intrigado com o privilégio do encontro:

– Quem sou eu para merecer tal encontro, tais palavras que, nitidamente, ouvi, inclusive as de promessa de proteção? Quem sou eu para merecer um encontro com Mestre da Hierarquia Superior, Ascensionado, como Mestre Morya? Ele, que, juntamente, com seu irmão Mestre Kut-Humi, lançou a Teosofia no Mundo? Como isso foi possível?

Então, a minha esposa, Enita, pondera:

– Não se esqueça de que Jesus falou, sem distinção, com muita gente. Por que você que, desde tão cedo, muito moço, sempre estudou e se preocupou com problemas sérios de assuntos espirituais, não poderia ter um encontro desses e uma palavra do Mestre?”

Achei razoável o que ela disse. Por isso, apesar de muita consideração racional sobre o problema, fiquei otimista, esperançoso e certo da autenticidade do Mestre.” (Uma Busca da Verdade)

Mestre Morya (Fonte: grandefraternidadebranca.com.br)

O Mestre Morya, Excelso Mestre da Grande Fraternidade Branca, era o Mestre de devoção do general e teve papel fundamental na mudança profunda que ocorreu em sua vida, a partir daquele primeiro encontro. Em sua homenagem, Uchôa batizou de “Rio Morya” o pequeno riacho que atravessava seu sítio “O Cantinho da Voíta”, adquirido na região, algum tempo depois.

Toda a casuística de Alexânia está contida nos seus livros “A parapsicologia e os discos voadores” e “Mergulho no Hiperespaço” os quais, juntamente com seus demais livros, apresentam ao mundo um pouco do legado do querido “General das Estrelas”.

Os livros do General Uchôa

A partir da missão dada por seu mestre, Uchôa foi compilando suas anotações e escrevendo cada um dos seus livros, de modo a documentar seus estudos para que, sobre eles, nos debrucemos e, quem sabe, continuemos com suas pesquisas:

  • Além da parapsicologia – 5ª e 6ª dimensões da realidade (Editora Horizonte, 1968);
  • A parapsicologia e os discos voadores – O caso Alexânia (Editora Grupo de Expansão Cultural, 1973);
  • Cristo para a humanidade de hoje (Editora Horizonte, 1980);
  • Mergulho no hiperespaço – Dimensões esotéricas na pesquisa dos discos voadores (Editora Horizonte, 1981);
  • Muito além do espaço e do tempo (Editora Thesaurus, 1983);
  • O Transcendental: Curas e Fenômenos (Editora Horizonte, 1984);
  • Oásis de Luz (Editora Hyperespaço, 1988)
  • Uma busca da verdade – Autobiografia (Edição do autor, 1995)

 

Livros do General Uchôa. (Fonte: general-alfredo-moacyr-uchoa.com)

Considerações finais – o legado de Uchôa

Sensitivo, com faculdades paranormais apresentadas desde sua juventude, incessante pesquisador sobre parapsicologia, ufologia, curas transcendentais e, nas décadas finais de sua vida terrena, ufologia,  constantemente norteado pelo seu espírito científico e crítico, Uchôa deixou-nos pesquisas pessoais fartamente documentadas em suas obras.

Em especial nos últimos anos de sua vida,  não cansava de dissertar, em suas palestras e entrevistas concedidas, sobre a importância de as pesquisas sobre o “supranormal” serem norteadas pelo rigor científico, sem, no entanto, ser a ciência um fator limitador daquelas e que caberá ao homem desenvolver suas faculdades sensoriais para, futuramente, poder ter acesso a realidades mais sutis e ampliar o conhecimento científico e filosófico, além de atingir a expansão consciencial, ao conceber um novo sentido acerca da imensa dimensão da sua própria natureza e grandeza.

Finalizando, seguem algumas frases do general, compiladas por seu filho Paulo Uchôa, na Apresentação do livro “Além da Parapsicologia – 5ª e 6ª dimensões da realidade“:

A fuga do fenômeno pela impossibilidade de trazê-lo ao entendimento das leis vigentes faz com que o preconceito científico se torne um freio à evolução da própria ciência.” 

“Urge organizar-se a ciência, rompendo as barreiras do preconceito, os quistos de pensamento estratificado ou congelado, que conserva e acarinha formas caducas do proceder científico, conduzindo, dominado por crenças temerosas de outras perspectivas, outras luzes.” 

“Prova-se o fenômeno, mas daí advém um grande medo de tentar explicá-lo. Então, a ciência foge, o militar também não controla os céus (UFOs) e as coisas vão sendo deixadas de lado. Por outro lado, as religiões também não valorizam nada que possa indicar a existência de seres superiores ao homem, o qual consideram sua obra-prima da criação. De repente, aparecem seres adiantadíssimos, com inteligência e poder muito acima da humanidade. Isso não interessa nem às religiões nem à ciência.” 

“Haja coragem científica para, se necessário, transpor o aparente abismo, paradoxalmente aberto para o alto, que paralisa de espanto o audaz investigador voltado para o conhecimento da vida e vê a realidade ampliar-se ao infinito, para além de suas vistas afeitas a este mundo de três dimensões. Serão essas apenas as dimensões dessa realidade cósmica, universal? Responda, pois, a ciência com a dignidade que lhe assegure, no futuro, nobreza e glória.” 

Uchôa assevera, inúmeras vezes, que o homem somente avançará exponencialmente o seu conhecimento científico quando desenvolver além dos cinco sentidos conhecidos e passar a vislumbrar suas infinitas possibilidades:

“A diferença entre os cientistas e os grandes místicos consagrados é que, esses últimos, são sábios que alcançaram o conhecimento superior – posto que apreendem a realidade através das faculdades que desenvolveram muito além das normais.” 

“Hoje as religiões intuem, a ciência começa a mostrar e os grandes instrutores ensinam que o homem possui uma potencialidade incrível, supostamente para ser desenvolvida com o tempo.” 

“O Hiperespaço como o ambiente mais sutil, sem limites de espaço e tempo, onde o homem haverá de operar quando tiver desenvolvido, plenamente, as qualidades já demonstradas pela Parapsicologia.” 

“Quem poderá limitar, por um ponto final à ascese do ser criado, no caso a criatura humana, que veio como impulso e vida dos abismos dos diferentes outros reinos da natureza, perlustrando, já individualizada, sombrios caminhos no próprio seio da humanidade e, hoje, sensível às suas próprias intuições maiores, até se lança à conquista das estrelas? Quem marcará esse ponto final? Quem?” 

“Com o evolver do homem para estados conscienciais superiores, revelar-se-á o universo em que se contém, cada vez mais rico de possibilidades, apresentando dimensões novas, agora, vividas e compreendidas no abstrato conceitual do mundo interno do próprio ser.” 

“Cremos na contínua e gloriosa ascese da nossa humanidade a um destino maior, no amanhã de nossa civilização, quando o homem, além do conhecimento pleno do universo em extensão e profundidade, haverá, ainda, descoberto, penetrado, estudado e compreendido o universo moral em que também se contém, vivendo em plenitude seus mais nobres valores espirituais.” 

Parafraseando o General Uchôa, se o homem, com seus cinco sentidos limitados, conseguiu avançar imensamente o seu saber científico, quanto mais não poderá avançar, se desenvolver além de suas faculdades consideradas normais? Quem poderá limitar sua ascensão?

Fontes bibliográficas:

  • Uchôa, Moacyr – Além da parapsicologia – 5ª e 6ª dimensões da realidade (Editora Horizonte, 1968);
  • Uchôa, Moacyr – Uma busca da verdade – Autobiografia (Edição do autor, 1995)

Fontes audiovisuais:

FaTaMoRGaNa tem 49 anos e trabalha em Governança de TIC. Desde pequena sempre acreditou, ou melhor, sempre teve a CERTEZA da existência de vida fora do planetinha azul. A obra de Deus é infinita e não iria se restringir ao que nossos olhos conseguem enxergar. Já presenciou luzes e objetos não identificados, mas espera um dia perder o medo para conseguir uma experiência de contato mais concreta.

Importante: o conteúdo, os fatos e as opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor(a) e não refletem, necessariamente, a opinião dos administradores do UIB.

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