O contato: relato de uma experiência

Descrevo aqui a minha experiência durante um processo de “contato” e deixo claro que nunca havia pesquisado sobre Ufologia e nem sequer me interessava pelo tema, embora guardasse em minha minha intimidade a certeza de existência de um “Kosmos” que nunca precisou ser pensado ou questionado, apenas a sensação já era suficiente.

O fenômeno:
Para quem vivencia o fenômeno do “contato”, realmente não é fácil, e quem tem sensibilidade mediúnica provavelmente passará pela experiência com a percepção mais ampliada. Tenho a sensação de que todos os conceitos relativos às dimensões “humanas” (individuais e coletivos) conhecidos pela minha perspectiva materialista foram reconstruídos. Isso inclui os aspectos mental, emocional, espiritual, energético, físico, cultural e social. Não significa que a realidade coletiva tenha sido alterada de fato, mas quem vivencia o processo com certeza notará mudanças na maneira de interpretar e sentir o mundo.

A jornada:
Nos aspectos mentais tudo começou por uma “limpeza” de determinados registros akáshicos (não sabia o significado disso na época), sonhos e pesadelos com UFOs, imagens de experiências e cenários antigos e de contato na infância, percepção e sensação ampliadas. Tudo passou por mim como uma grande Onda.

Hoje entendo que esta etapa foi necessária para que o fluxo de energia desviado para bloquear algumas memórias voltasse a fluir por meio do processamento e integração dessa memória; isso ocorreu para que, diante de um novo estímulo desencadeador (da memória dolorida), viesse a ter uma nova resposta, ao invés da esquiva o enfrentamento surgiria e o medo não seria mais um impeditivo para algumas realizações.

Ainda no campo mental, surgiram questionamentos a respeito de meus paradigmas, esquemas (crenças profundas individuais e coletivas), valores, princípios e até mesmo sobre meus conhecimentos teóricos e vivenciais.

Na dimensão física percebi mudanças no paladar que se tornou mais apurado e me levou a mudanças em hábitos alimentares, deixei de comer carne, diminui a quantidade de doce e passei a consumir alimentos mais naturais.

No campo energético e emocional houve um desequilíbrio, minha sensibilidade se ampliou e vivenciei um período que surgiram a sensação de solidão, medo, angústia e outras emoções difusas.

Além de todos esses aspectos de cunho mais individual, precisei aprender a lidar com a mudança na dimensão coletiva, o que dependerá muito do contexto sociocultural de cada pessoa, é mais comum poucas pessoas de seu círculo pessoal te apoiarem ou acreditarem em você. O processo é solitário.

Mudei minha visão de mundo e as estruturas sociais deixaram de fazer sentido, do modo como estão constituídas hoje. Contudo, como faço parte deste mundo e é preciso seguir em frente, foi importante e necessário aprender a sustentar esses paradoxos para não fugir à realidade.

A preparação fez diferença no contato:
Durante todo este processo, se não fosse a preparação espiritual e psicológica anterior e o auxílio externo com as terapias (com psicólogos e terapias energéticas), teria me autodiagnosticado como “delírios e alucinações”.

Quando falo sobre preparação espiritual e psicológica anterior, me refiro a trabalhos e estudos dos fenômenos mediúnicos (25 anos) e à dedicação ao meu autoconhecimento mais profundo e aos estudos na área da psicologia (20 anos). Para Jung, o propósito maior da psique humana é a individuação (que é o próprio processo de tornar-se si mesmo), deveríamos ser nosso grande projeto para transformação/ individuação por toda a vida e quiçá além desta vida.

Um alerta importante é prestar atenção para não cair na ilusão de que você é especial por ter esse “contato”; evitar a sedução pelo poder e vaidade. Ter um ego fortalecido para conseguir mediar todas essas instâncias da vida poderá ajudar no processo.

A tarefa:
Entre todos os aspectos ditos anteriormente considero a tarefa da qual fui solicitada como mais um item importante, não é nenhuma tarefa heroica, mas que se aproveita de meus conhecimentos e os coloca a serviço de uma causa maior, como mais uma pessoa que trabalha a si mesmo e aos outros para um despertar de consciência.

A morte e o renascer:
Simbolicamente posso descrever essa experiência como a morte e renascer em vida. Dois sonhos trouxeram imagens para marcar este processo: o primeiro sonho foi com a imagem arquetípica do barqueiro que personifica a morte, Caronte, entretanto eu dispensava o tal barqueiro e conduzia sozinha o barco para atravessar um rio muito solitário e chegar em outro local ainda não desvendado pela consciência atual; no segundo sonho, eu me via ligada a aparelho utilizado nos hospitais que mede as funções de vida e, quando me dei conta, ouvi o barulho do apito tinindo e a linha reta no visor que representavam “a morte simbólica”.

Neste momento a sensação foi de conexão com o “Kosmos” e a imagem que surgiu foi de um fractal multicolorido me conectando a tudo e a todos.

O contato:
Meu contato é com um SER que pode ser descrito como um “militar” em sua assertividade, disciplina, encorajamento, conexão e respeito à causa, ética cosmocêntrica, organização. Este “Ser” me antecipou de todas as alterações que ocorreriam.

Também recebo orientações com os estudos e dá-lhe estudos! Uma vez pedi para ele facilitar este aprendizado e colocar uma espécie de “chip” ou ampliar minha memória para esses ensinamentos (rsrsrsrs). Adivinhem a resposta:

– Você não é diferente de ninguém e está sujeita às mesmas leis humanas; aprenda a ter foco e não desperdiçar seu tempo, aprenda a utilizar os teus próprios recursos internos.

Eu pensei: Valeu pela assertividade!

Enfim, não tem sido um processo fácil, mas tenho aprendido muito e sou grata. Tem sido um treino profundo para a vida e todos os estudos que envolvem este processo me fazem crer que exista uma consciência fora de nós que permite o acesso e conexão desses saberes, uma consciência que talvez seja muito mais coletiva do que individual, mas para acessá-la é preciso trabalho, dedicação e comprometimento.

Esse processo me trouxe mais dúvidas a respeito da vida terrena do que certezas; entretanto, as poucas “certezas” foram libertadoras e trazem a ideia de que não existe fracasso se você se abre para aprender, que não somos “donos de nada”, de que verdades são “parciais e contextuais” e que os relacionamentos com seres mais diferentes do “Universo” nos enriquece se estivermos abertos.

Claudia Alessandra é natural de São Paulo. Alguém inspirada pelas diferentes e ricas perspectivas das experiências humanas. Atua como Psicóloga Clínica, Pesquisadora da Área da Saúde Psíquica, Espiritualidade e recentemente “Exoconsciência”. (Exoconsciência é um termo divulgado recentemente por Juliano Pozatti e criado pela norte-americana Dra. Rebecca Hardcastle, que significa “o estudo das dimensões extraterrestres da consciência humana: a origem, dimensões, talentos e habilidades da consciência humana que nos conectam diretamente com o cosmos e seus habitantes”).

Importante: o conteúdo, os fatos e as opiniões expressos neste artigo são de responsabilidade do autor(a) e não refletem, necessariamente, a opinião dos administradores do UIB.

Equipe UIB

2 respostas
  1. Renato says:

    Obrigado por compartilhar sua experiência. É um relato diferente, com ênfase na pessoa que foi contatada e nas transformações pessoais. Dá a entender que o contato com esse Ser vem acontecendo com alguma frequência. Senti falta apenas de mais informações sobre o contato em si: Como ele ocorre? (mediunidade/telepatia? projeção astral? contato físico?) Como foi o primeiro contato? A comunicação é somente de lá pra cá ou você consegue iniciar uma conversa? Já presenciou algum fenômeno físico, como por exemplo um avistamento, relacionado a este contato? Este Ser seria uma espécie de mentor/guia espiritual, ou faz parte de um grupo maior com objetivos específicos aqui?

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